sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

PASTOR DA ASSEMBLÉIA DE DEUS É ASSASSINADO NA VÉSPERA DE ANO

Quis o destino: ontem, dia em que completaria dois anos à frente do templo da Assembleia de Deus/ Distrito Estélio Maroja, bairro do Barreiro, o pastor Antônio Carlos Mota fosse velado na obra que ajudou a construir. Destino, que lhe reservou ser assassinado, na tarde da última terça-feira por pessoas de uma realidade à qual ela já havia pertencido.

Segundo Adão Pimentel Veras, pastor que auxiliava Antônio Carlos na direção do Templo, ele nasceu no município de Bacabal, interior do estado do Maranhão. Ainda jovem, peregrinou por cidades do sul do Pará até tornar-se líder de uma gangue e atingir a condição de traficante, no município de Marabá.

De acordo com o pastor Adão, por 10 anos Antônio Carlos praticou assaltos e atuou no tráfico de drogas. Depois, foi preso pela Polícia Federal e condenado a cumprir 30 anos de reclusão. Mais tarde, foi encaminhado para o extinto presídio São José, onde passou 2 anos até ser transferido para a Colônia Agrícola Heleno Fragoso, no distrito de Americano.

Por lá, Antônio passou mais 4 anos e 8 meses, pois foi contemplado com um alvará de soltura em virtude do bom comportamento, em meados de 1987. Segundo o pastor Adão, o rumo da vida de Antônio mudou quando duas anciãs evangélicas visitaram a Colônia Agrícola e pregaram a palavra de Deus diante dele.

A partir do momento que foi liberado, Antônio trabalhou durante 2 anos na unidade do “S.O.S Drogados” do distrito de Outeiro, em Belém. Posteriormente, ingressou no Seminário Teológico das Assembleias de Deus. “Nós nos conhecemos lá, onde estudamos por cerca de 4 anos”, lembrou o pastor Adão.

Após concluir os estudos teológicos, Antônio Carlos foi consagrado pastor no município de Açailândia, também no interior do Maranhão. Logo em seguida, ele foi designado para dirigir o Templo da Assembleia de Deus/ Distrito Estélio Maroja, localizado no bairro do Barreiro.

O pastor Antônio Carlos iria completar 51 anos no dia 1º de janeiro. “O aniversário dele seria comemorado na AABB, por ocasião da confraternização dos pastores da Assembleia de Deus, também no dia 1º de janeiro”, revelou o pastor Adão. O pastor Antônio Carlos coordenava 10 núcleos missionários de evangelização informal e 7 frentes de libertação, que são trabalhos de cunho social, pelo bairro do Barreiro.



Ameaças de morte

Conforme o pastor Adão Pimentel Veras, o pastor Antônio Carlos havia recebido ameaças de morte por telefone. Segundo ele, o motivo seria o fato de Antônio ter acelerado seu veículo quando alguns bandidos tentaram lhe assaltar no bairro do Barreiro, há cerca de duas semanas.

“Na oportunidade, os bandidos atiraram uma pedra contra o carro do pastor. A partir desse dia, passaram a fazer várias ligações para o pastor e o ameaçavam de morte. Nas ligações, eles também diziam que iriam roubar o carro dele”, contou o pastor Adão. Muitas pessoas aqui pela área já haviam o avisado que assaltantes estavam de olho nele, mas ele alegava que não poderia recuar, pois estava à frente de uma obra de Deus ”, finalizou.

De acordo com relatos da mulher, que acompanhava o pastor Antônio no momento da abordagem dos bandidos, ele teria movimentado-se dentro do veículo, como se fosse tirar o cinto de segurança, o que pode ter deixado um dos assaltantes nervoso e com medo, por isso, teria efetuado o disparo. O pastor Antônio Carlos foi sepultado na tarde de ontem, em um cemitério particular localizado em Ananindeua.

Fonte: Notícias Cristãs



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